O Partido Popular Basco (PP) está pedindo ao Partido Nacionalista Basco (PNV) "explicações" sobre as ligações entre pessoas de sua confiança e a "conspiração de Cerdán".

Coincidindo com a tentativa da liderança do PP de se aproximar do PNV, o líder do Partido Popular no País Basco, Javier de Andrés, exige que os nacionalistas expliquem as relações comerciais de "homens de sua confiança" com a rede de corrupção. Ele cita especificamente Iñaki Alzaga, presidente da Nortegás e do Grupo Noticias.
De Andrés indicou nesta quarta-feira em Vitória que o empresário próximo ao PNV (Partido Nacionalista Basco), Iñaki Alzaga, está implicado no esquema de corrupção liderado pelo ex-secretário de Organização do PSOE, Santos Cerdán.
O líder do Partido Popular concedeu uma entrevista coletiva apenas um dia depois de o novo secretário-geral do PP, Miguel Tellado, ter telefonado ao PNV para saber se os nacionalistas continuavam apoiando o primeiro-ministro Pedro Sánchez. Segundo ele, a resposta foi sim.
Andrés repetiu informações publicadas em alguns meios de comunicação digitais sobre a relação entre Iñaki Alzaga, presidente da Nortegás — na qual o Governo Basco detém 12% do capital — e do Grupo Noticias — próximo ao Partido Nacionalista Basco (PNV) — e o empresário basco Antxon Egurrola, "testa de ferro" de Cerdán, segundo o PP.
Segundo essas informações, Egurrola e Alzaga são sócios da empresa Alegure, da qual Alzaga detém 4% e que ganhou o contrato para a construção de uma escola por 2,6 milhões de euros.
Para De Andrés, Alzaga é um empresário "com a máxima confiança" do PNV (Partido Nacionalista Basco), como evidenciado por suas posições. "O que ele fazia nessas empresas ligadas a Cerdán? O que Alzaga está fazendo no meio da conspiração de Cerdán?", perguntou De Andrés, afirmando não temer a reação do PNV a esse pedido de explicações:
"Se o PNV não se incomoda com o fato de seu colega do PSOE (Cerdán) estar preso, por que se incomodaria se eu pedisse explicações?", concluiu.
Após essas declarações, o PNV criticou o PP por "querer abrir uma linha de comunicação num dia e explodir todas as pontes no dia seguinte", ao mesmo tempo em que insistiu que, "não importa quantas vezes se diga, Cerdán não era o interlocutor do PNV".
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